A mortandade segue amarga, amena,
Calando todo sonho mais piegas
A boca que me beija e me envenena
Caminha em noite imensa, sempre às cegas.
Egrégio de outro tempo; eu vejo tudo
E novamente omito o que hoje sinto.
Seguindo o mau caminho, sigo mudo
Em trevas o futuro agora eu pinto.
Aceito tão passivo tais verdades,
Na faca que se aponta numa esquina
Os olhos vão negando as claridades
A podre sensação já descortina
O amor que não devia ser assim,
Matando o que inda resta dentro em mim...
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