sábado, 8 de janeiro de 2022

No amor que se faz cinza e sem recheio
Cerzido pelas mãos de Satanás
O quanto que pensara sem receio
Agora não verei sequer a paz.

O jeito é traduzir um pesadelo,
Mordaças colocando em cada boca.
Vencido pelo anseio de retê-lo
A morte vai batendo em cada toca.

Na troca de favores, jogatinas,
Nos bares, cabarés, ruas, calçadas,
Na carne destruída das meninas
As graças concebidas, destroçadas.

Atando estes grilhões a cada pé
Aluguel que se faz de toda fé.

Nenhum comentário:

Postar um comentário