Matando o que inda resta dentro em mim,
Exponho o meu cadáver pelas ruas.
Jogando creolina em meu jardim
As bocas que se mordem seguem cruas.
A cada novo guizo, cascavéis
A cada novo porto, o meu naufrágio.
Deixando para trás velhos corcéis
O peito vai ficando exposto e frágil.
Carcaças de esperanças num esgoto,
Estrelas derrapando no teu céu,
Bebendo cada gota do vinhoto
Vendido em drogarias como mel.
Se eu fosse o que pudesse, mas não creio
No amor que se faz cinza e sem recheio...
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