segunda-feira, 30 de maio de 2022

Narcísica loucura de quem ama
O tempo se aproxima do final
E o cais imaginário, um vendaval
Aonde se desdenha a velha trama,
E o corte se anuncia enquanto clama
Num ato mais comum e até banal,
Esbarro sem sentido e sigo a nau
Naufrágios do que busco e se proclama.
Escalo as minhas dores e presumo
O vago delirar e em tal resumo
O errôneo mergulhar em tom sombrio,
Escasseando os versos, vou pagão
E sei dos meus tormentos, negação
Do quanto sem sentido ora desfio.

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