sábado, 28 de maio de 2022

Das liras e das harpas, sonhos vagos,
Mergulho no passado e nada havendo
Sequer o quanto pude em tal remendo
Os ermos desenhando dias magos,
Expresso o que tentasse em teus afagos
E os erros contumazes se desvendo
Traduzem o meu pranto sem adendo
Ao poluir meus mares, rios, lagos...
E o prazo determina o fim de tudo
E quanto mais pudesse cego e mudo
Jamais me permitisse o desengano?
No fundo sei da vida e sigo alheio,
Mas quando volta e meia devaneio
Aos poucos me iludindo, em vão me dano.

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