domingo, 8 de maio de 2022

Atento ao que virá; já não prossigo
Vencido pelos ermos de quem busca
A noite mesmo quando a sorte é brusca
E nada se traduz além perigo
No canto sem sentido e sem promessa
A tempestade dita o quanto trago
Além da solidão, em longo afago
Meu passo que, impreciso, recomeça;
Aprendo e sei dos erros costumeiros
De quem se fez aquém do quanto pude,
O mundo desenhado, agora rude,
Os olhos seguem vagos, sem luzeiros.
Se espúrio, na verdade o que me resta
Não se deixa antever sequer a fresta.

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